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domingo, 23 de outubro de 2011

Cheiro de Relva



Como é bonito estender-se no verão,.
As cortinas do sertão na varanda das manhãs.
Deixar entrar pedaços de madrugada,
E sobre a colcha azulada,
Dorme calma a lua irmã.
Cheiro de relva,
Trás do campo a brisa mansa,
Que nós faz sentir criança,
A embalar milhões de ninhos.
A relva esconde as florzinhas orvalhada,
Quase sempre abandonadas,
Nas encostas dos caminhos.
A juriti madrugadeira da floresta,
Com seu canto abre a festa,
Revoando toda a selva.
O rio manso caudaloso se agita,
Parecendo achar bonita,
A terra cheia de relva.
O sol vermelho se esquenta e aparece,
O vergel todo agradece,
Pelos ninhos que abrigou.
Botões de ouro se desprendem dos seus galhos,
São as gotas de orvalho,
De uma noite que passou.
Autoria: Dino Franco

Barco



Barco, que navegas em águas que jamais te mostram a cor da areia,
que insistem em não permitir-te conhecer o quão profundo,
incerto e mortal, será o teu mergulho.
Barco que navegas sem bússola, amparado por frágeis velas,
que temem até mesmo a brisa, por terem conhecido
somente a tempestade.
Barco que com  velas desfraldadas, 
deslizas errante sobre as noturnas águas da existência vazia,
de escuras auroras.
Que teus olhos profundos possam, ainda, contemplar
uma ilha, onde exista o sol,
onde existam praias de águas cristalinas,
cujas areias possam ser alcançadas 
por tuas retinas cansadas da escuridão do mar navegado
por infindáveis noites, onde tinhas como companheiro,
tão somente o véu negro que descia de um céu
sem estrelas, invadindo abruptamente as mais
profundas cavidades de uma alma em busca de paz.
Barco, que vejas nesta ilha, em cada por do sol,
o embarque das tristezas no amarelão luminoso
dos raios que se escondem atrás dos montes, 
e que te lembres neste instante que cada dia
é um dia, que cada sol, é um sol,
e que o sol que nascerá amanhã, não trará
consigo as angústias que o sol de hoje
carregou em seus raios.
Barco, que a chegada da noite, seja serena e bonita,
que as estrelas brilhem infinitamente,
impedindo que se apague a luz do
infindável amor que habitará em teu ser.
Que encontres na ilha, o teu porto seguro,
e que a luz de tua alma ilumine o caminho
de outro barco sem rumo,
que em noites escuras, de tão pura amargura,
precisar de um porto para o barco ancorar.
E virão outros barcos, e virão muitos barcos,
e serás conhecido, por todos os navegantes como:
"Farol dos Errantes", como:
"Ilha do Sol".

Autoria: Idenilse Aparecida


domingo, 9 de outubro de 2011

Homenagem a Nossa Senhora Aparecida


Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus, Rainha dos Anjos,
Advogada dos pecadores,
refúgio e consolação dos aflitos e atribulados,
Virgem Santíssima,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.
Lembrai-vos, ó clementíssima Mãe Aparecida,
que nunca se ouviu dizer 
que algum daqueles que têm a vós socorrido,
invocado vosso santíssimo nome,
e implorado a vossa singular proteção,
fosse por vós abandonado.
Animados com esta confiança,
a vós recorremos.
Tomamo-vos para sempre por nossa Mãe,
nossa protetora, consolação e guia,
esperança e luz na hora da morte.
Livrai-nos de tudo que possa ofender-vos
e ao Vosso Santíssimo Filho, Jesus.
Preservai-nos de todos os perigos 
da alma e do corpo;
dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais.
Livrai-nos das tentações do demônio,
para que, trilhando o caminho da virtude,
possamos um dia ver-vos e amar-vos
na eterna glória, por todos os séculos dos séculos.
 Amém.


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